O nascimento de uma criança sempre trás muita alegria para uma família. Mas os pais não podem se esquecer que são nas primeiras semanas de vida do bebê que alguns exames importantes devem ser feitos, como o teste do pezinho.O teste que é realizado há 30 anos no país, identifica se a criança é portadora de doenças hereditárias graves, entre elas, a fenilcetonúria, que atinge uma em cada 12 mil crianças.
Esta é uma doença incurável, que exige uma dieta rigorosa por toda vida. A pessoa não consegue processar alimentos ricos em proteínas,como carnes, leite e feijão. Alimentos esses, de extrema importância para um bom desenvolvimento, se tornam tóxicos para o bebê.
Se a alimentação não for controlada, em poucos meses de vida, podem surgir problemas sérios no sistema nervoso da criança. O principal sintoma da doença é o atraso na coordenação motora, que pode ser detectado a partir dos seis meses de idade.
Como não há possibilidade de reversão da doença, somente o diagnóstico precoce pode evitar seqüelas e assegurar uma vida saudável para a criança.
Como é feito o teste
O teste do pezinho deve ser realizado após o segundo dia de vida do bebê. Uma agulha é espetada no calcanhar da criança e o sangue do recém nascido é coletado em papel de filtro apropriado, para posteriormente ser encaminhamento a um laboratório especializado.
Em São Paulo teste é obrigatório desde 1983
Em 14 de novembro de 1983, a lei nº 3914 dispõe que o diagnóstico precoce da Fenilcetonúria e do Hipotireoidismo Congênito devem ser realizados nos hospitais e maternidades do Estado de São Paulo. Mas em1986 a lei ainda não era cumprida.
Na época, foi publicada uma pesquisa mostrando que 53,8% dos médicos paulistas nunca tinham ouvido falar do teste do pezinho.
Atualmente, todas as maternidades do Brasil são obrigadas a fazer oteste do pezinho, conforme descreve o Estatuto da Criança e doAdolescente. Mas isto não é o que acontece no país. O Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde calcula que aindahoje no Brasil um quarto dos recém-nascidos não faz o teste do pezinho. A pior situação é a do Piauí, onde mais da metade dos bebês - 53% - não são examinados.
Juliana Leandro 031504
Luciana Cassiano 031533
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