Heloísa Helena dominou Willian Bornner e Fátima Bernardes na entrevista que acabou de conceder ao Jornal Nacional. Na véspera os dois âncoras globais, na mesma série de entrevista com os candidatos, passaram Alckmin na máquina de moer carne. O tucano tentou ser educado, bom menino, e se deu mal. Abriu espaço para perguntas contundentes, de denúncias e sobrou-lhe pouco tempo para falar do seu programa de governo. Alckmin foi um desastre. Ficou acuado, intimidado e não conseguiu dar o seu recado. Este é o problema do Dr.Geraldo Alckmin: não consegue transmitir emoção. Heloísa foi firme, sem ser mal educada. Esperta, usou e abusou da emoção. Conduziu a entrevista o tempo todo. Falou tudo o que quis, não respeitou as intervenções dos apresentadores e os interrompeu várias vezes. Tudo isto com aquele ar de irmã mais velha, os chamando de “Meu amor”, “Minha querida, Fátima”, sempre com um sorriso cativante, sem perder aquela expressão de indignação de mulher nordestina. Uma pergunta para derrubar candidato de esquerda acabou por dar-lhe espaço para falar de um drama pessoal, de forte conteúdo emocional. Perguntada se era favorável a invasão de prédios públicos, como ocorreu na Câmara, saiu-se bem da saia justa: “Como posso ser favorável, se como mãe, tive o meu filho 15 em com vítima de trauma craniano? Vi o segurança que foi jogado pelas escadas da Câmara pelos invasores andando de cadeira de rodas. Sou contra a violência...”. Um primor de resposta.
Texto postado no blog do jornalista Etevaldo Dias.
9.8.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário