22.2.06
Condenação ao degredo - Cássio
Condenação ao degredo
Há uma caneta apoiada no papel
definida sua existência pela iluminação que a torna plausível aos olhos.
As mãos postas sobre o colo
como que semimortas
imitando os mendigos que jazem nas ruas como rasura nos manuscritos de um poema.
A esmo palavras traçadas
escondem-se na sombra da esferográfica
que lhes confirma o propósito de serem somente idéias por desenvolver.
La fora,
desta fotografia transcrita nestes ícones de sonoridade,
continuam existindo pessoas a afirmar a existência do mundo
e
de si
próprias
ou eu próprio, como de mim ou delas.
Mas o poema que por escrever
ornamenta a folha,
outrora objeto inanimado,
torna-a agora não mais que propícia a serdes excluída
por conterdes fundamentos cuja conclusão é incerta ou mesmo
inexistente
para eu próprio como mim ou comum.
E resta pois que as mão postas sobre o colo imitam como que um poema por terminar
e já não importa o destino de coisa qualquer
pois o esmo das palavras que condenam ao degredo –
por comum estabelecimento de ser da existência das coisas –
a folha em branco que as acolheu
eram como que uma folha em branco a desenhar destino na mente dos homens e poema [a bastar-se por si só.
Há, assim Eu próprio.
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Um comentário:
e kd o resto do blog?
vamos meninas coragem!
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